Os anos 60 foram uma época de ouro para a Marvel, com a editora revolucionando os quadrinhos. Mas nem tudo envelheceu bem. Entre ideias geniais e personagens icônicos, algumas criações daquela época nos fazem ter uma baita vergonha alheia hoje em dia. Prepare sua bebida e vem comigo nessa viagem nostálgica (e um pouco constrangedora) pelo Buteco Nerd!
Super Heróis Cringe: Uma Viagem no Tempo (Nem Sempre Boa)
Na década de 60, a Marvel estava chutando a porta e reescrevendo as regras dos quadrinhos. Super-heróis com problemas? Universo compartilhado? Temas sociais? Eles estavam fazendo tudo! Mas, no meio dessa revolução, rolou também muita inocência criativa e uns tropeços feios em questões culturais. Bora rir (e lamentar) de 5 heróis e vilões dessa época que não resistiram ao teste do tempo:
1. Rick Jones: O Sidekick Enxerido (e раздражающий!)
Se a Marvel desse um prêmio de “Humano Mais Conveniente”, Rick Jones ganharia fácil. Em Incredible Hulk #1 (1962), ele é o MOTIVO do Bruce Banner virar o Hulk. Depois, virou ajudante do Capitão América, membro honorário dos Vingadores e até se conectou com o Capitão Marvel original com as Nega-Bandas. O problema? Rick era MUITO desesperado por aprovação. Hoje, esse “adolescente sortudo” soa forçado e irritante. Ele não era um herói, mas vivia no meio de tretas cósmicas. Алё, лицензия?
2. Hate-Monger: O Vilão Que Era Literalmente Ódio (WTF?!)
Hate-Monger era, literalmente, o ódio em pessoa, vestido com um capuz roxo da Ku Klux Klan e com uma “arma de raio de ódio”. E o pior? A identidade secreta dele era Adolf Hitler! Criado em Fantastic Four #21 (1963), o vilão era uma tentativa de comentar sobre o preconceito e a manipulação em massa durante a Guerra Fria. A intenção era boa, mas o resultado foi vergonhosamente simplista. Era como tratar temas sociais complexos com a mesma seriedade de um monstro da semana. Палех!
3. Egghead: O Gênio do Mal Que Dava Pena
Dr. Elihas Starr, o Egghead, surgiu em Tales to Astonish #38 (1962) como inimigo do Homem-Formiga. A ideia era personificar o arquétipo do “gênio do mal”. Mas, com sua cabeça gigante (tipo, um ovo de verdade!) e planos caricatos, nunca convenceu como ameaça. Era mais um vilão de desenho animado do que um adversário à altura, mesmo para as histórias leves do Homem-Formiga.
4. Red Ghost e Seus Super-Macacos: Bizarro Nível Hard
Ivan Kragoff, o Red Ghost, de Fantastic Four #13 (1963), era um cientista soviético obcecado em superar os EUA na corrida espacial. Para isso, ele levou TRÊS macacos (um gorila, um babuíno e um orangotango) para o espaço e eles ganharam poderes cósmicos. Sim, “O Fantasma Vermelho e Seus Super-Macacos” existiu! A rivalidade Guerra Fria era fértil para histórias, mas aqui virou uma paródia bizarra. O Fantasma ficou ofuscado pelos macacos superpoderosos (o gorila tinha superforça, o orangotango virava qualquer coisa e o babuíno controlava magnetismo). Bizarro, para dizer o mínimo.
5. Yellow Claw: O Pesadelo da Representatividade Asiática
O Yellow Claw, de Yellow Claw #1 (1956), foi criado como um vilão no estilo Fu Manchu. Cientista genial e mestre da política, ele seria uma grande ameaça global, enfrentando agentes americanos como Jimmy Woo. Só que o Yellow Claw era definido por estereótipos racistas. Traços exagerados, nome bizarro (referência à sua etnia, não a um poder ou característica) e sede de dominação mundial reforçavam representações negativas de asiáticos comuns na mídia ocidental da época. Uma mancha feia na história da Marvel.
No Balcão do Buteco Nerd…
É fácil rir desses personagens hoje, mas eles são um reflexo de seu tempo. A Marvel dos anos 60 era ousada, mas também cometia erros feios. O importante é reconhecer essas falhas e celebrar a evolução da editora em relação à diversidade e representatividade. E você, qual desses personagens te dá mais cringe? Conta pra gente nos comentários! No Buteco Nerd, a gente adora uma boa discussão (e uma cerveja gelada)! 🍻
